sábado, 8 de outubro de 2011

Só sei que foi assim...




Minha paixão pelo patchwork começou há muito tempo atrás, quando eu era ainda uma adolescente e assistia ao seriado "Os Waltons" numa TV em preto e branco. Os mais velhos , com certeza vão lembrar do "Boa noite John Boy, Boa noite Mary Hellen...". Os mais jovens, da geração, "Y"... , "W"... "Z"... sempre conectados na  "nuvem" cibernética..., podem achar estranho que alguém assistisse a uma série em que o glamour da cidade grande era substituído pela paisagem rústica da montanha Walton,  e os Super - "isso ou aquilo", eram simplesmente um pai zeloso por sua família e um avô carinhoso, mas a verdade  é que "The Waltons" marcou uma geração e deixou muitas saudades... 
Pra quem quiser rever, os episódios foram agrupados em nove temporadas e lançados em DVD (Inglês e Francês ), mas consegui uma amostrinha da abertura e fechamento  para relembrar...







Mas, o que Os Waltons tem a ver com a minha paixão pelo patchwork? É que foi justamente durante um dos episódios da série, que eu percebi o quanto uma simples colcha de retalhos pode contar sobre uma vida... São pedacinhos de lembranças costurados lado a lado, que como um quebra-cabeças bem montado, revelam algo maior. Desde então, venho sonhando em um dia colocar na cama uma colcha de retalhos especial... Não daquelas industrializadas que imitam o patchwork, mas uma de verdade, com todos os pedacinhos de pano e pontinhos costurados como a da vovó dos Waltons.


Há alguns anos atrás quando eu e minha filha fomos a Tiradentes em Minas, achamos muitas colchas lindíssimas. Eram muito coloridas e bem acabadas, mas muito, muito caras. Assim, me consolei com uma foto, e na viagem de volta, tomada por uma inspiração súbita, compus um poema com o nome de "Colcha de Retalhos". Já fiz muita coisa na vida... Até canção de ninar para minha filha, mas nunca havia escrito nada além de redações na escola, e foi meio sem jeito que mostrei o poema para uma grande e querida amiga, a Cláudia, que como eu é apaixonada por casa limpinha, comidinha cheirosa, trapos e farrapos! 
A mãe dela preparou um PPS com muito carinho e passou para uma amiga que chegou a publicar num site de poesias, mas acho que não era lá grande coisa, pois ainda não estão pedindo meu autógrafo por aí...rsrsrs. 
Deixo aqui para quem quiser dar uma olhadinha. Quem sabe quando eu ficar famosa isso possa valer uma boa grana...rsrsrs

Colcha de Retalhos




Ah, já ía esquecendo, houve mais uma coisa que colaborou para essa paixão: 
 " How to make an American quilt", um filme muito doce, com a Winona Ryder e a Anne Bancroft, que conta uma linda estória sobre a vida de cada uma delas quiltada numa colcha de retalhos.  





Pois é, foi assim que meu carinho pelos retalhos, panos e farrapos começou. Mas não sou de ficar só no sonho...Também é preciso fazer o feijão.., e eu já estou com a mão na massa ...
Depois conto mais...

Um comentário:

  1. "...que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito..."
    E que ela venha através de uma travessura do pequeno "Nicolalau" ou temperada com um leve toque de canela!
    Não sei, só sei que foi assim...

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