sábado, 29 de outubro de 2011

Caminhando... (Em Cotswolds...)






Quando está prestes a se tornar sócia de uma das empresas de advocacia mais famosas de Londres, Samantha Sweet comete um erro fatal, pondo a perder todo seu passado como executiva na Carter Spink. Totalmente desorientada, toma um trem a esmo e vai parar no povoado de Cotswolds, onde é confundida com uma candidata`a vaga de empregada doméstica em uma das mansões locais...


Com essa pequena descrição, qualquer um poderia pensar que o livro "Samantha Sweet, executiva do lar" é um romance dramático com direito a suspiros e lágrimas. E talvez tivesse razão, não fosse pelo nome da autora escrito na capa: Sophie Kinsella. Ah, agora suas risadas estão garantidas!


Eu já conhecia outros livros da escritora, que é um ícone do gênero chick-lit (estórias leves e bem humoradas sem maiores comprometimentos. Eu costumo chamar de literatura para zerar o QI, afinal todos precisamos de um tempo para relaxar a massa cinzenta, né?... ), mas esse é imperdível!


Em Cotswolds, Samantha, cuja experiência na cozinha se resumia a ferver água para o chá, precisa aprender, e rápido, a preparar cordon bleau e outros pratos com nomes esquisitos, que até então ela só havia provado, mas que não tinha a menor idéia dos ingredientes necessários, ou do modo correto de misturá-los para que ficassem com a aparência e sabor certos. 
A cozinha é um novo território a ser desbravado, e para seu desespero cada cantinho abriga um apetrecho misterioso diferente. 
E ela que pensava que ser advogada era estressante...
Mas isso é só o começo. Há ainda a máquina de lavar, o ferro de passar, o aspirador de pó... Todos eles ilustres desconhecidos com os quais precisa estabeler laços íntimos rápidamente... 
Se por um lado em Cotswolds Samantha encontra muitos desafios que quase a deixam louca (e nos matam de rir...rsrsrs), por outro lado é em  Cotswolds que ela troca sua  agenda insana, programada de seis em seis minutos, pela vida simples e despretensiosa do interior. É lá que ela experimenta pequenos e doces prazeres como, acordar gostosamente aconchegada em lençóis branquinhos e macios. Sentir a brisa fresca da manhã penetrando no quarto iluminado pelos raios dourados do sol. Ter pela frente um dia todo seu, sem pressa, sem stress. Também é lá que ela saboreia o amor tranquilo e  autêntico de Nathaniel, jardineiro (será só isso mesmo...?) da mansão. E finalmente é lá que ela precisa tomar a decisão definitiva de reasumir sua vida anterior como advogada bem sucedida ou deixar tudo para trás...


Aqui e ali na narrativa, Kinsella insere pequenas descrições de Cotswolds como:

"...Vejo a paisagem `a frente, de queixo caído. O povoado é absolutamente estupendo.
Não fazia idéia.
Olho ao redor, absorvendo as velhas paredes de pedra cor de mel.  As fileiras de chalés antigos com tetos muito inclinados. O riozinho ladeado de salgueiros. Mais adiante está o pub que eu havia notado na primeira noite, decorado com cestos pendurados. Dá para ouvir o som distante de cascos de cavalos. Nada incomoda. Tudo é suave, brando e parece que está aqui há centenas de anos..."

               Samantha Sweet, executiva do lar - Sophie Kinsella



Dei uma sapeada na net só para conferir. Olha que encanto de lugar!

Cotswolds



Por aqui muito pouco mudou...


Vilarejos de uma uniformidade singular...


Cottages cor de mel...


Muitos cantinhos aconchegantes...



Muitas flores...


Muito verde...


Aqui as horas não correm...


Simplesmente passam ao sabor do vento...


e do canto dos pássaros...!



Se você quiser conhecer um pouco mais de Cotswolds clique aqui!



Inspirada em Cotswolds...

Calma, você não errou de blog, não...  Este é o meuzíssimo blog sobre patchwork e outras paixões..., lembra?  Pois é,  Cotswolds já é uma paixão... Está na minha lista de " Impossíveis com os quais ainda sonho...!"

Pois é, eu andava para cima e para baixo lendo Samantha Sweet, e sonhando com Cotswolds, quando me veio a inspiração para o meu segundo trabalhinho em costura e primeiríssimo em patch: A bolsa Cotswolds!

Nessa altura eu já havia buscado bastante informação sobre patchwork na net e em revistas, e achei que era o momento de por em prática o que havia aprendido. Se me perguntarem como eu passei de um simples joguinho americano que nem em patch era para uma bolsa com quilting e tudo, vou responder: "Não sei. Só sei que foi assim..."

Procurei passar nas cores e no design da bolsa, o clima do povoado que tanto me encantou.  Foi aí que fiz o primeiro contato com minha nova paixão: os tecidos... Nacionais ou importados, muitos são verdadeiras obras de arte!

Amei minha bolsa exclusiva! Louis  Vuitton que se cuide...rsrsrs







Até a próxima!!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Primeiros passos...


Toda caminhada começa com o primeiro passo. A minha começou com o primeiro fuxico...!!!! É minha moedinha n. 1!



Minha cunhadinha Roseli encomendou 18 para enfeitar o abajurzinho do criado-mudo. Ela escolheu as cores branco, rosa e lilás. Eu escolhi os paninhos e caprichei na produção!!!  O abajur ficou bonitinho, Ro?



Na confecção utilizei o molde médio para fazer fuxicos da Clover. Há de vários tamanhos e formas, e facilitam bastante a execução deixando o acabamento mais caprichado.


Era hora de partir para a máquina de costura. 

Preparei a máquina e abri o manual...E foi aí, perdida no meio de esquemas e desenhos de pecinhas que eu nunca tinha visto, que eu finalmente descobri por que os Beatles dedicaram o filme "Help!" ao inventor da máquina de costura... 


Pra quem não lembra ou nunca viu, copiei acima a curiosa última cena do filme, mostrando a silhueta de uma máquina de costura e uma dedicatória surrealista a seu inventor.

Há muito tempo essa cena havia sido arquivada na gavetinha - "Não entendi. Deixa pra lá.." - do meu cérebro. Mas naquele momento tudo ficou muito claro. Afinal, tudo que eu queria gritar no meio do emaranhado de instruções para pilotar aquela coisa era:


Tentando preservar minha sanidade, resolvi não trocar nenhuma peça naquele momento, e comecei a trabalhar com a máquina do jeitinho que ela veio de fábrica. Escolhi o pontinho número 1, que pela lógica deveria ser o mais fácil, mas fui enganada pela lei de Murphy. Não era o mais fácil! Pelo menos não para quem nem tinha ainda tirado a carta de motorista de máquina de costura...rsrsrs. Pode parecer exagero, mas é o que eu penso de verdade: Deveria ser obrigatório tirar carta para pilotar máquina de costura... Meus pontinhos número 1 teimavam em se desviar para a direita e para a esquerda traçando um caminho de bêbado no paninho. Quem disse que costura reta é fácil está mentindo descaradamente. Deve ser vendedor de máquina de costura... 

Aliás, todas as invenções e descobertas humanas podem ser usadas para o bem ou para o mal, exceto a máquina de costura. A menos que você decida tacá-la na cabeça de alguém, ela fica lá paradinha, sempre pronta a servir. E o melhor é que ela só serve para unir. Todo o seu trabalho se resume em produzir úteis e belas pecinhas, sempre unindo e nunca separando. É uma benção de invenção!

Bem, depois de algum tempo treinando em paninhos , a tarefa de me manter em linha reta ficou definitivamente mais fácil, e já dava até para tentar encarar meu joguinho americano. Aquele que eu queria fazer sob medida, lembram?
Escolhi um tecido bem baratinho , azul marinho com coraçõezinhos brancos para começar. Desfiava muito, e me chateei bastante, mas aprendi mais uma coisa: Nunca optar por tecidos de procedência duvidosa...

Mesmo assim meu joguinho saiu. Foram seis paninhos em matelassê, com cantos chanfrados e acabamento em viés.
Gostei tanto do resultado que adicionei um pegador de panelas, uma luva de cozinha e um pano de prato com borda de fuxicos (agora já sou Phd neles... rsrsrs) e aplique de corações.
Estão morando na minha cozinha, e eu já consigo arrumar a mesa para quatro pessoas (cabem todas...!).


E esse foi só o começo... Depois conto mais...

sábado, 15 de outubro de 2011

Arregaçando as mangas...

"Não era bem isso que eu queria...", pensei, enquanto a vendedora do quiosque de artesanato em frente ao supermercado me entregava seu melhor sorriso junto com o joguinho Americano que eu havia encomendado um mês antes. O antigo estava tão velhinho que as pequenas florzinhas da estampa já estavam murchas. Resolvi procurar um substituto, mas nada tinha o tamanho adequado para minha "quase mesa" de cozinha. O quiosque do supermercado foi um grande achado. Repleto de pequenos objetos decorativos e paninhos coloridos de todos os tipos, parecia ser o lugar certo para conseguir um joguinho novo, personalizado e do tamanho certinho para acomodar quatro pessoas elegantemente no espaço de duas... A vendedora bem que me consultou sobre a borda dos paninhos. Eu pude escolher entre bolinhas brancas e frutinhas. Ambas, segundo ela, em fundo azul escuro. Optei pelas frutinhas, mas agora, com a encomenda na mão, desejava ter escolhido as bolinhas e outro tom de azul para o fundo...( a TPM acaba  com a gente...! rsrsrs) . O que fazer? O pior é que eu sabia muito bem qual era a resposta, e tinha tudo a ver com essa frase meio chocante mas muitas vezes bem verdadeira: " Quando você precisar de uma mão amiga, vai encontrar uma bem no final do seu braço!". Em outras palavras: "Vá `a luta e faça você mesma!"

Pois foi mesmo o que eu fiz. Comecei por revirar a internet em busca de dicas, e encontrei alguns tutoriais bastante interessantes, por exemplo:" Como enfiar uma agulha corretamente".

Após tantos botões pregados (alguns foram fracassinhos, confesso...), achei que eu deveria saber uma coisa tão básica, mas a verdade é que eu não sabia... Posto o tutorial para quem quiser dar uma olhadinha, e deixar o nó justinho e no lugar certo sem stress.


Outra coisa que eu desconhecia, é que já existe uma agulha anti-tortura, para aqueles que como eu consideram que a tarefa de enfiar uma linha numa agulha deveria ser considerada um esporte olímpico.

 Agulha para cegos (anti-tortura)

Mas se você preferir projetos mais ousados, tente a maquininha da Clover para enfiar agulhas. 



Afinal,  enfiar uma agulha corretamente e sem acabar com os dedos cheios de doloridos furinhos deveria ser pré-requisito para qualquer faculdade de Moda, e com certeza é o primeiro passo no caminho de qualquer um que ame paninhos e costurinhas. 

Meu primeiro trabalhinho posto na próxima...

sábado, 8 de outubro de 2011

Só sei que foi assim...




Minha paixão pelo patchwork começou há muito tempo atrás, quando eu era ainda uma adolescente e assistia ao seriado "Os Waltons" numa TV em preto e branco. Os mais velhos , com certeza vão lembrar do "Boa noite John Boy, Boa noite Mary Hellen...". Os mais jovens, da geração, "Y"... , "W"... "Z"... sempre conectados na  "nuvem" cibernética..., podem achar estranho que alguém assistisse a uma série em que o glamour da cidade grande era substituído pela paisagem rústica da montanha Walton,  e os Super - "isso ou aquilo", eram simplesmente um pai zeloso por sua família e um avô carinhoso, mas a verdade  é que "The Waltons" marcou uma geração e deixou muitas saudades... 
Pra quem quiser rever, os episódios foram agrupados em nove temporadas e lançados em DVD (Inglês e Francês ), mas consegui uma amostrinha da abertura e fechamento  para relembrar...







Mas, o que Os Waltons tem a ver com a minha paixão pelo patchwork? É que foi justamente durante um dos episódios da série, que eu percebi o quanto uma simples colcha de retalhos pode contar sobre uma vida... São pedacinhos de lembranças costurados lado a lado, que como um quebra-cabeças bem montado, revelam algo maior. Desde então, venho sonhando em um dia colocar na cama uma colcha de retalhos especial... Não daquelas industrializadas que imitam o patchwork, mas uma de verdade, com todos os pedacinhos de pano e pontinhos costurados como a da vovó dos Waltons.


Há alguns anos atrás quando eu e minha filha fomos a Tiradentes em Minas, achamos muitas colchas lindíssimas. Eram muito coloridas e bem acabadas, mas muito, muito caras. Assim, me consolei com uma foto, e na viagem de volta, tomada por uma inspiração súbita, compus um poema com o nome de "Colcha de Retalhos". Já fiz muita coisa na vida... Até canção de ninar para minha filha, mas nunca havia escrito nada além de redações na escola, e foi meio sem jeito que mostrei o poema para uma grande e querida amiga, a Cláudia, que como eu é apaixonada por casa limpinha, comidinha cheirosa, trapos e farrapos! 
A mãe dela preparou um PPS com muito carinho e passou para uma amiga que chegou a publicar num site de poesias, mas acho que não era lá grande coisa, pois ainda não estão pedindo meu autógrafo por aí...rsrsrs. 
Deixo aqui para quem quiser dar uma olhadinha. Quem sabe quando eu ficar famosa isso possa valer uma boa grana...rsrsrs

Colcha de Retalhos




Ah, já ía esquecendo, houve mais uma coisa que colaborou para essa paixão: 
 " How to make an American quilt", um filme muito doce, com a Winona Ryder e a Anne Bancroft, que conta uma linda estória sobre a vida de cada uma delas quiltada numa colcha de retalhos.  





Pois é, foi assim que meu carinho pelos retalhos, panos e farrapos começou. Mas não sou de ficar só no sonho...Também é preciso fazer o feijão.., e eu já estou com a mão na massa ...
Depois conto mais...