sábado, 22 de outubro de 2011

Primeiros passos...


Toda caminhada começa com o primeiro passo. A minha começou com o primeiro fuxico...!!!! É minha moedinha n. 1!



Minha cunhadinha Roseli encomendou 18 para enfeitar o abajurzinho do criado-mudo. Ela escolheu as cores branco, rosa e lilás. Eu escolhi os paninhos e caprichei na produção!!!  O abajur ficou bonitinho, Ro?



Na confecção utilizei o molde médio para fazer fuxicos da Clover. Há de vários tamanhos e formas, e facilitam bastante a execução deixando o acabamento mais caprichado.


Era hora de partir para a máquina de costura. 

Preparei a máquina e abri o manual...E foi aí, perdida no meio de esquemas e desenhos de pecinhas que eu nunca tinha visto, que eu finalmente descobri por que os Beatles dedicaram o filme "Help!" ao inventor da máquina de costura... 


Pra quem não lembra ou nunca viu, copiei acima a curiosa última cena do filme, mostrando a silhueta de uma máquina de costura e uma dedicatória surrealista a seu inventor.

Há muito tempo essa cena havia sido arquivada na gavetinha - "Não entendi. Deixa pra lá.." - do meu cérebro. Mas naquele momento tudo ficou muito claro. Afinal, tudo que eu queria gritar no meio do emaranhado de instruções para pilotar aquela coisa era:


Tentando preservar minha sanidade, resolvi não trocar nenhuma peça naquele momento, e comecei a trabalhar com a máquina do jeitinho que ela veio de fábrica. Escolhi o pontinho número 1, que pela lógica deveria ser o mais fácil, mas fui enganada pela lei de Murphy. Não era o mais fácil! Pelo menos não para quem nem tinha ainda tirado a carta de motorista de máquina de costura...rsrsrs. Pode parecer exagero, mas é o que eu penso de verdade: Deveria ser obrigatório tirar carta para pilotar máquina de costura... Meus pontinhos número 1 teimavam em se desviar para a direita e para a esquerda traçando um caminho de bêbado no paninho. Quem disse que costura reta é fácil está mentindo descaradamente. Deve ser vendedor de máquina de costura... 

Aliás, todas as invenções e descobertas humanas podem ser usadas para o bem ou para o mal, exceto a máquina de costura. A menos que você decida tacá-la na cabeça de alguém, ela fica lá paradinha, sempre pronta a servir. E o melhor é que ela só serve para unir. Todo o seu trabalho se resume em produzir úteis e belas pecinhas, sempre unindo e nunca separando. É uma benção de invenção!

Bem, depois de algum tempo treinando em paninhos , a tarefa de me manter em linha reta ficou definitivamente mais fácil, e já dava até para tentar encarar meu joguinho americano. Aquele que eu queria fazer sob medida, lembram?
Escolhi um tecido bem baratinho , azul marinho com coraçõezinhos brancos para começar. Desfiava muito, e me chateei bastante, mas aprendi mais uma coisa: Nunca optar por tecidos de procedência duvidosa...

Mesmo assim meu joguinho saiu. Foram seis paninhos em matelassê, com cantos chanfrados e acabamento em viés.
Gostei tanto do resultado que adicionei um pegador de panelas, uma luva de cozinha e um pano de prato com borda de fuxicos (agora já sou Phd neles... rsrsrs) e aplique de corações.
Estão morando na minha cozinha, e eu já consigo arrumar a mesa para quatro pessoas (cabem todas...!).


E esse foi só o começo... Depois conto mais...

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